domingo, 8 de março de 2009

Mata de Vergonha


Dizem que os filhos sempre fazem a mãe passar vergonha de vez em quando. Eu sou um anjo, vocês sabem, mas antes deste carnaval eu fiz minha mãe passar vergonha.

Vou logo dizendo que foi sem querer, eu não tive culpa nenhuma. Foi assim: na sexta antes do carnaval a gente podia ir pra escola fantasiado. Ia ter uma festinha. Aí eu só lembrei minha mãe em cima da hora, na noite na quinta. Ela disse: vai de calça jeans, camiseta preta e põe aquele ter gorro preto e vai de... tipo de rapper, fica legal.

No outro dia eu fiz assim mesmo. Quando ela foi me buscar viu que eu estava com umas manchas de tinta preta no rosto e perguntou o que era. Eu disse:

- É tinta, mas sai.
- Tinta porquê?
- É que a profa completou as fantasias da gente.
- E completou a sua como?
- Com uma máscara...
- como assim uma máscara?
- Ela perguntou de que eu tava e fez uma máscara...
- Mas menino rapper não usa máscara!
- Eita... é que eu esqueci que eu tava disso e disse que tava de traficante.

Minha mãe ficou de todas as cores.

Deu pra ver que ela ficou com vergonha da profa mesmo sem estar na frente dela.
Fora que eu tive que ouvir um monte de blá blá blá até em casa. Depois ela ficou rindo e até contou para as amigas. Acho que no fundo as mães até gostam de passar uma vergonha de vez em quando hehehehe

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Este post teve a colaboração da minha mãe para reproduzir o nosso diálogo, ela é craque nisso.

4 comentários:

Layana disse...

Ei fiquei rindo...

Mas quando conto morro de vergonha de novo.

Ô boy treloso!!!

Gustavo Szilagyi disse...

Esse meu filho é fogo...

Madá disse...

Dudu que texto bacana hein? Adorei hehehe
Beeijos.

Leonardo Cunha disse...

Este boy é mestre em dar umas furadas destas! Também já passei por algumas situações bem: "ehhhh... não era para ter falado isso agora!" junto de Dudu!

Ainda bem que ele é criança e, ao menos por enquanto, podemos nos valer desta desculpa!

Pedir segredo a ela eh uma tarefa delicada, pois o boy nasceu com a lingua maior do que a boca e o "saco de palavras" dele parece não esgotar nunca!

Mas como diz seu avô: "é só uma questão de feeling!"

Um abraço,
Leo